Esta é uma dúvida muito comum para muitos iniciantes na área de consultoria ambiental. Neste post vamos discutir quais são as possibilidades mais viáveis para que você possa dar os primeiros passos com maior segurança e tranquilidade.
Requisitos mínimos para se poder trabalhar na área de consultoria ambiental
Em primeiro lugar, você precisa saber que toda atividade que envolve a prestação de serviços especializados – o que inclui os serviços de consultoria ambiental – é regulada pelo governo de duas formas: (a) através do conselho profissional da sua profissão, por meio do reconhecimento de sua capacidade e responsabilidade técnica da sua área de atuação e (b) através da sua atividade comercial, que pode ocorrer via pessoa física (CPF) ou pessoa jurídica (CNPJ), pagando impostos sobre a prestação de serviços. Dessa forma entende-se que para que você possa atuar profissionalmente como um consultor ambiental, você precisa ter uma formação específica em algum curso da área, regulado por um conselho profissional, e também uma forma de poder se relacionar comercialmente com seus clientes através de (a) uma empresa sua com o devido CNPJ, capaz de emitir notas fiscais e pagar os impostos relativos ao faturamento, ou (b) um registro de autônomo na prefeitura da sua cidade, para que você possa emitir recibos de prestação de serviços e recolher o imposto sobre serviços (ISS) municipal.
A diferença entre autônomo e empresa
A primeira grande diferença entre ter uma empresa e ser autônomo registrado em prefeitura é que a empresa paga impostos menores, pois ter um CNPJ lhe permite usufruir de benefícios tributários em relação ao prestador autônomo que opera seus recebimentos na pessoa física. Um exemplo claro é o imposto de renda, cuja alíquota para a pessoa jurídica (empresa de consultoria) é da ordem de de 4,8% sobre o faturamento, enquanto para a pessoa física é de 27,5%. Por outro lado, quem tem empresa precisa arcar com os custos de manutenção dessa empresa ativa, tais como contabilidade, declarações anuais, taxas de registro, alvarás e etc. Já o autônomo, apesar de pagar mais impostos que uma empresa, não tem todos esses custos. Então para você saber qual pode ser a melhor opção para começar, peça ajuda a um contador, pois dependendo do tamanho da sua operação (só alguns trabalhinhos esporádicos) não vale à pena abrir um CNPJ.
Para saber mais detalhes sobre a diferença entre autônomo e profissional liberal, leia este artigo do Portal Administradores clicando AQUI.
Quem vem primeiro: o ovo ou a galinha?
A parte legal dessa história é que para se estar qualificado para abrir uma empresa basta você ser maior de 18 anos, ter um CPF e um endereço. Você pode abrir uma empresa de consultoria ambiental mesmo que você não tenha formação na área. Você vai precisar no entanto, contratar alguém com essa qualificação para assumir a responsabilidade técnica pela sua empresa, para que a mesma possa operar. O oposto também pode ocorrer – se você tem a formação profissional para atuar, mas não tem a empresa, você pode se associar ou fazer uma parceria com quem tenha uma empresa operante. Conheço vários exemplos de pessoas absolutamente sem formação técnica formal donas de empresas de sucesso que dependem de responsabilidade técnica, como é o caso de algumas construtoras, que nem sempre pertencem a engenheiros, por exemplo. Entenda que o que constrói seu futuro não são as suas condições presentes, mas sim as suas decisões. Empreenda sempre, mas com responsabilidade.
Ideias para dar o primeiro passo na consultoria ambiental
Eu particularmente comecei minha carreira abrindo a minha empresa logo de cara, mas junto a 3 sócios para dividir as despesas. Assim, a gente conseguia arcar com o custo da manutenção desse CNPJ de forma mais tranquila. Conforme os negócios foram tomando corpo, aí sim a estrutura foi sendo mudada. Outra possibilidade muito boa para começar é a mais utilizada pelos meu alunos: formar parcerias com empresas mais antigas. Você pode se aproximar de uma empresa operante de consultoria ambiental e perguntar se você não pode trazer clientes e pagar comissões sobre o valor dos serviços que você trouxer (lembre-se você está empreendendo!). Em troca, não é raro que você não só consiga utilizar a estrutura administrativa da empresa, mas também a orientação dos técnicos mais experientes – o que pode significar um salto enorme no seu crescimento profissional.
Me conte aí embaixo: qual é a sua estratégia para começar?